Nome:
Oscar Francisco de Moraes Junior Idade:
29 anos Natural
de Atibaia – SP Família:
pai nascido em Bragança Paulista, mãe nascida em Bom Jesus dos Perdões. Uma irmã
jornalista. Formação:
Teatro
AM – Por
que o nome Oscar Filho?
OF – O meu nome é muito grande, fica parecendo nome de princesa; aí resolvi
diminuir. Pensei em Oscar Junior, mas ficava muito Fábio Junior, aí escolhi
Oscar Filho. Fica muito César Filho, mas tudo bem.
AM –
Qual é a sua formação?
OF – Estudei no Grupo Escolar José Alvim até o primeiro colegial. Depois fiz o
segundo e terceiro colegial no Major Juvenal Alvim. Comecei a estudar teatro com
13 anos, no grupo de teatro da professora Isís Gonçalves. Fiquei encantado com
aquilo e naquele momento eu já sabia o que queria para minha vida. Depois
comecei a correr atrás disso, comecei a montar coisas amadoras como o grupo “O
rato não era aquele”. Fizemos a peça “Desculpe, acho que entrei na pista errada”.
Depois prestei vestibular em 2000 e me formei ator em 2003. Em 2005 fizemos a
peça “Guga começa a andar”. Por fim, participei do grupo “Os cretinos”.
AM –
Trabalhar com humor foi escolha pessoal ou acaso?
OF – Escolhi o humor porque é o que dá dinheiro e para mim muito prazer.
AM – Por
que você ainda não trouxe seu trabalho para Atibaia?
OF - Eu até tentei, mas além de não conseguir patrocínio, a burocracia é grande.
AM – O
que você está fazendo atualmente, além do CQC?
OF – Estamos em cartaz desde 2005 com “O Clube da Comédia Stand Up”, que é um
cara com a roupa do corpo, sem figurino, sem cenário, sozinho, só se apóia no
texto para fazer o show. Alguns já fizeram isso como o Jô Soares, Sérgio Rabello,
Chico Anysio e Zé Vasconcelos.
AM – E
sobre o CQC, como começou?
OF – O Diego Barreto, diretor do CQC, viu um vídeo meu no You Tube e gostou, aí
me chamou para um teste. Eu passei e junto com o Rafinha e o Danilo, formamos o
CQC.
AM –
Qual a proposta do CQC?
OF – É fazer perguntas que ninguém faria, enveredar para o jornalístico com
humor. É conduzir a entrevista de uma maneira que a pessoa entre na brincadeira.
Cutucar o cara, chegar nele como ninguém chega. Mas não com agressividade, com
um pouco de ironia e sarcasmo.
AM – Há
mais pessoas trabalhando no projeto?
OF – Há uma equipe de 50 pessoas, 90% das quais são jornalistas, e os demais
realizam a parte técnica.
AM –
Você pega a pauta pronta?
OF – A pauta vem semi-pronta, eu termino e é claro, na hora há a improvisação.
AM – Vocês pensam em trazer o CQC para Atibaia? OF – Sim, mas é necessário que haja algum evento, a presença de um time,
uma celebridade para haver um contexto em que possamos atuar.
AM – É
verdade que você foi agredido pelo Hector Babenco?
OF – Sim. Ele havia declarado que não tinha nenhum ator brasileiro a altura do
Gael Garcia Bernardo. Quando falei sobre isso ele disse que a edição foi mal
feita. Aí eu perguntei se ele ficaria chateado se eu perguntasse se não há
nenhum argentino naturalizado brasileiro a altura do Fernando Meirelles. Ele
disse que minhas perguntas eram babacas e eu era um bolha. Quando perguntei o
que é um bolha ele bateu no meu rosto com uma revista que tinha na mão.
Entrei em contato com a assessoria dele para falar sobre isso, mas nunca
responderam.
AM – A
que horas é exibido o CQC?
OF – Passa às segundas às 10:15hs e sábado às 20:15hs reprisa. É na Rede
Bandeirantes.
AM –
Você vem muito à Atibaia?
OF – Venho cada duas ou três semanas ver meus pais. E tenho grandes amigos lá,
como Paulo Sérgio, Fábio, Danianderson, Rubiana, Shimota e outros.
AM – Atualmente há outros programas como o Casseta e Planeta e o Pânico na TV. O
que você acha do trabalho deles?
OF – Acho que o CQC é muito jornalísmo com um pouco de humor. Por exemplo, somos
7 homens; não usamos mulheres atraentes como o Pânico, mas eles são bons, têm
seu mérito. O Casseta é muito mais humor e às vezes um pouco de jornalismo. O
nosso trabalho é abrangente e bem contemporâneo.
AM – As
pessoas reconhecem você nas ruas?
OF – Sim e acho legal porque é sinal que estão vendo o programa. Aliás, não
posso reclamar, a mídia tem sido bastante generosa comigo.