FOTOS DE PRAÇAS

Praça Bento Paes

A quadra onde está localizado o Museu Municipal possui duas praças, uma a frente do museu, outra atrás. A praça da frente é conhecida como "Praça do Museu".

Clique aqui para acessar a página que apresenta, em detelhes, o Museu de Atibaia.

Monumentos e homenagens:

No centro da praça da frente do Museu Municipal está instalada a estátua em homenagem ao Major Juvenal Alvim

Comércio local:

No local encontram-se imobliliárias, clínicas médicas, funerárias e a agência do Banco Itaú,

Fotos da praça (clique nas fotos para ampliá-las):

Clique aqui para acessar a foto 360° do local

 

 

Primitivamente essa linda praça em cujo jardim três belos coqueiros centenários se destacam, se chamou Largo Alegre.

Existia ali, em outros tempos, uma pequena capela sob a invocação de Nossa Senhora da Saúde, construída entre 1830 e 1840.*

Era localizada em frente ao edifício onde está instalado hoje o Banco Itaú e foi demolida no ano de 1906, por força da Lei 227 de 1º de outubro de 1906.

O nome dessa praça foi alterado, por indicação de Olympio da Paixão, em 1883, passando a chamar-se Largo Municipal, até 4 de novembro de 1930 quando, por força do ato número 1 da Câmara Municipal, passou a chamar-se praça Bento Paes.

O homenageado, coronel Bento José do Amaral, mais conhecido por Bento Paes, foi político de grande influência na região bragantina, como chefe do Partido Conservador. Bento Paes faleceu em 6 de junho de 1928.

Apesar dos nomes oficiais, essa praça foi conhecida e chamada por muitos anos de Largo da Cadeia,** porque nela, no prédio hoje destinado ao Museu Municipal João Batista Conti, esteve instalada, por mais de cem anos, a cadeia pública.

A construção desse majestoso edifício iniciou-se no ano de 1835, quando foi adquirido o terreno da viúva do capitão João Francisco Dutra, pela quantia de trezentos mil réis, sendo a obra toda orçada em um conto de réis.

A obra foi concluída em 1836, ocasião em que o Governo Estadual concedeu um auxílio de trezentos mil réis à Prefeitura de Atibaia.

Com a construção da atual cadeia pública na Rua José Bonifácio, número 680, foi instalado nesse prédio o Museu Municipal, inaugurado oficialmente em 24 de junho de 1954, passando a chamar-se Museu Municipal João Batista Conti, pela Lei 567, de 3 de março de 1961, em homenagem a esse seu idealizador.

Naquela pacata e saudosa Atibaia dos anos quarenta e cinqüenta, vivia a meninada, constantemente, a conversar com os detentos através das grandes grades de madeira, prestando-lhes pequenos favores como comprar cigarros, balas e doces, ocasião em que permaneciam, ali nas calçadas, a brincar com os bonitos caminhões de madeiras que eles faziam para vender.

Não raras vezes, os soldados Zelão, Minervino e Zezinho, únicos do destacamento, permitiam que alguns meninos, sempre acompanhados por eles, entrassem na cela, para divertirem-se com os brinquedos fabricados pelos detentos.

Todas as manhãs, por volta das oito horas, os três soldados, comandados pelo delegado de polícia, faziam exercícios nessa praça, correndo em volta do jardim.

As vinte e uma horas o sino da Cadeia dava o toque de silêncio e a cidade mergulhava no mais profundo silêncio...

Pessoa inesquecível que morou toda a vida nessa praça, foi Zico Paes, sobrinho de Bento Paes. Bem magrinho, alto, cabelos bem brancos, adorava duas coisas: Seu cavalo de nome Gaúcho e contar vantagem.

Todas as tardes, naquela bucólica Atibaia dos anos quarenta e cinqüenta, percorria as ruas da cidade em sua bela charrete, na qual atrelava o seu cavalo de estimação.

Em todas as paradas que fazia, dizia a todos que seu cavalo Gaúcho era ensinado e, para mostrar, dava ordens ao Gaúcho:

- Gaúcho, vire a cabeça pra direita!

- Gaúcho, vire a cabeça pra esquerda!

Todos que assistiam a essas demonstrações, ficavam rindo disfarçadamente, pois Zico Paes era bravo.

Zico Paes de tanto puxar a corda para os lados, quase rebentava seus braços, dada à indiferença do lindo e ensinado Gaúcho.

No ano de 1960, ao lado da fecularia, foi inaugurado pelo senhor Moacir Zanoni, o então mais moderno cinema de Atibaia: Cine Paraíso.

Dominando todo o quarteirão, do lado de baixo da praça Bento Paes, no antigo número 1, existe um dos mais bonitos e conservados cartões postais de Atibaia. O majestoso casarão construído em 1911, onde hoje se localiza a agência do Banco Itaú.

Nesse belo casarão, desde a fundação, vários armazéns foram instalados: Inicialmente, logo após a construção, existiu o armazém do senhor Martinho do Prado, que o vendeu, juntamente com o imóvel, ao senhor Nicola Carbonaro.

Este explorou o estabelecimento por vários anos, vendendo-o ao senhor Salvador Martins, ocasião em que o imóvel foi adquirido pelo Zezico Alvim.

Foi nesse tradicional casarão, no procurado e festivo armazém, que, todas as tardes, reuniam-se vários grupos de poetas, intelectuais e políticos para prosear, comentar suas novas idéias, suas novas inspirações, como também suas frustradas decepções amorosas.

Grupo assíduo, entretanto, era o formado pelo Ni Bandeireiro, José Miglioranza, Olézio Brasil e Alfredo André, sendo este último um grande artista, que imortalizou vários prédios, ruas e pessoas da cidade, através de suas fotografias.

Acolhia esse armazém todas as tardes, daqueles saudosos anos quarenta, um grande número de empregados da prefeitura que, entre um aperitivo e outro, alardeavam, com satisfação, o progresso diário do calçamento que estavam implantando naquela avenida São João, barrenta e empoeirada!

Felizmente, esse monumento histórico não teve o fim de tantos outros, cujas garras afiadas e destruidoras do progresso, fizeram desaparecer.

Esse majestoso e lindo casarão, existe até hoje, tão bonito quanto no dia em que foi inaugurado.

Essa bela praça de Atibaia, desde o início, ao edificar-se ali a pequena capela em homenagem à Nossa Senhora da Saúde; de acolher o prédio onde funcionou o primeiro teatro que se instalou na cidade e local onde nasceu e permaneceu por vários anos o jornal A Gazeta de Atibaia, nasceu com o nome de Largo Alegre, passando a Municipal, Largo da Cadeia e hoje, praça Bento Paes, foi, desde os remotos tempos, sem dúvida, o grande centro cultural de Atibaia.

Ponto de convergência, no início do século, das tradicionais procissões do encontro e de espera do Rei, nas tradicionais Cavalhadas, acolhe hoje o Museu Municipal João Batista Conti.

*Historia de Atibaia, Waldomiro Franco da Silveira, pág.363.

**Obra citada, pág. 370

José de Anchieta Loriano é escritor e autor dos livros Pelas Ruas de Atibaia e Construtores da Sociedade Atibaiense.

 

 
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